segunda-feira, 10 de março de 2014

Crítica – Frozen – 2013 – Chris Buck

Finalmente uma história de princesas a sério! Finalmente um filme da Disney que poderia ter sido colocado na minha infância e não estaria deslocado. Já lá vão 3 anos desde «Tangled», ou seja, a Disney está tão ocupada a comprar os direitos do «Star Wars» e a produzir más sequelas e adaptações (estou a olhar para vocês «Prince of Persia: The Sands of Time» e «Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides») que se esqueceu do que a faz única e especial: as princesas e a magia que lhes é inerente.

Sim, eu sou um gajo que gosta de princesas: critiquem à vontade! Eu cresci a ver «A Bela Adormecida» a ser salva pelo príncipe, a «Pequena Sereia» a tentar ganhar a sua voz de volta e o Artur a declarar que «A Espada era a Lei»! Espera aí, o Artur não é uma princesa… A minha infância foi uma mentira!

Duas irmãs: Elsa e Ana. A Elsa não consegue controlar o seu poder de tornar tudo em gelo, pondo em risco a vida da sua irmã e do seu país. Cabe a Ana e a vários amigos encontrarem uma forma de a ajudar a ultrapassar este problema.



Chamem-me antiquado, mas prefiro o antigo modelo de desenho à mão combinado com CGI (Computer-Generated Imagery) do que propriamente todo o aparato de animações totalmente criadas electronicamente. Este é um dos motivos pelos quais «Frozen» não me encantou tanto como poderia.

Não me interpretem mal, eu gostei do filme, mas o facto de haver tão pouca substância que parecesse realmente desenhada deixou-me com uma sensação de melancolia… Parece que as emoções não são tão bem retratadas, ou que os efeitos não causam tanto impacto. Sim, quando utilizados de maneira mais extravagante (os poderes de Elsa, principalmente) elevam o filme grandemente. Mas em qualquer outra situação são simplesmente… Meh!

Antigamente, os filmes da Disney tinham sempre uma aura mística e tenebrosa a contrastar com os mais alegres e românticos momentos. Aqui também não se verifica isso, muito provavelmente por não existir um verdadeiro vilão… E porque é que não existe um vilão, perguntam vocês!

Porque «Frozen» sabe que tipo de filme é, sabe a geração em que se insere e como inverter a situação em seu favor. «Aceitas-te casar com alguém que conheceste no próprio dia? Mas tu nem sabes se ele tira macacos do nariz e os come!» A premissa de qualquer história de princesas Disney seria para elas se casarem com o príncipe encantado que só viram uma vez. E os escritores do argumento sabem que nós sabemos, por isso fingem que não sabem só para pensarmos que vai ser como nós sabemos, mas realmente não é! Ou é?

Por falar em baralhação de palavras: o bonequinho de neve Olaf, ao contrário de maior parte das personagens cómicas que por aí são inventadas (Jar-Jar Binks em «The Phantom Menace» e Radagast, the Brown em «An Unexpected Journey») é tão totó e inocente que te faz querer abraçá-lo! As situações por ele criadas são esporádicas, inconsequentes e tão levemente aplicadas que parecem naturais e genuínas! Esta é a maneira certa de utilizar um «comic-relief»!  



Outra coisa que talvez me tenha encanzinado (bolas, este «Buraco» só me obriga a ir ao dicionário!) um pouco foram as canções. Bonitinhas e tal, mas nada de fabuloso, como nos anos 90 costumavam ser! E «adoro» o facto de ainda existirem discussões a cantar…

Enfim…

Eu gostei do filme. As crianças irão certamente adorar: principalmente meninas que sonham em ser princesas fixes. Vá, não tenhas vergonha: tu bem sabes que o queres!


Simon Says that this movie is…

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